terça-feira, 21 de outubro de 2014

As substituições no futebol

Numa partida oficial de futebol é possível efetuar três substituições. Estas podem ocorrer em qualquer momento, ao longo do tempo de jogo ou aquando do intervalo. Se no jogo houver lugar a prolongamento, não há possibilidade de substituições adicionais e aquelas que são permitidas para o jogo podem ocorrer nesse prolongamento. Se houver desempate pela marcação de pontapés da marca de grande penalidade não é permitido efetuar qualquer substituição após o apito final do prolongamento nem durante a marcação das grandes penalidades.
As substituições são decididas pela equipa técnica podendo ser substituído qualquer jogador em campo. O atleta que o substitui pode ser qualquer um dos suplentes convocados para o jogo, obedecendo apenas a uma regra: a equipa tem de ter em campo um guarda-redes. Em caso de lesão ou expulsão do guarda-redes quando já não houver substituições permitidas possíveis, o posto de guarda-redes será ocupado por um jogador de campo, que envergará equipamento que permita distingui-lo dos restantes jogadores.
Podemos apontar duas ordens de motivos que podem levar à decisão de substituir um jogador: motivos de ordem física e opções táticas ou técnicas.

Motivos de ordem física                    

O responsável máximo pela decisão de substituição é o técnico principal. Este decide em função das condicionantes táticas e estratégicas mas também em função das condições físicas dos jogadores que se encontram em campo. Assim, a substituição pode dar-se devido a lesão impeditiva do jogador ou, simplesmente, a cansaço físico. No entanto, estas situações devem ser sempre excecionais pois as substituições devem ser reservadas para alterações estratégicas destinadas a surpreender o adversário.

Opções técnicas e táticas que podem determinar as substituições

Em termos estratégicos, o treinador pode decidir uma substituição tendo em conta determinadas variáveis, como por exemplo:

Um golo adversário

Pode exigir maior acutilância no ataque; assim, é normal que nessa altura o treinador opte por uma estratégia mais ofensiva, substituindo um jogador por um outro que atue numa posição mais avançada no terreno.

Um golo da própria equipa

Pode fazer sobressair a necessidade de defender o resultado; nessa ocasião é normal que o técnico opte por fazer sair um jogador substituindo-o por um outro que atue numa posição mais recuada no terreno.

Alteração de estratégia

Uma substituição pode fazer-se quando o treinador entende como necessária a alteração da estratégia, em função, por exemplo, do modelo de jogo praticado pelo adversário; por vezes é necessário explorar pontos fracos que o adversário revela, outras vezes é necessário reforçar a equipa para resistir a eventuais pontos fortes do adversário. Estas mudanças táticas têm muitas vezes a intenção de surpreender o adversário com uma alteração tática inesperada.

Falta de rendimento de um determinado jogador

As substituições são muitas vezes efetuadas quando um jogador revela um rendimento inferior àquele que dele se esperava. Ou seja, espera-se que o jogador suplente desempenhe o seu papel com mais eficácia que o atleta substituído.
Em muitos casos as substituições são determinadas por uma conjugação de diversos destes fatores; essa conjugação de fatores faz com que a maioria das substituições se realize na segunda parte dos jogos, quando começa a vir ao de cima o cansaço dos jogadores e, ao mesmo tempo, se aproximam os momentos decisivos da partida. É por isso que maioria dos treinadores entende como momento fulcral para essas alterações o período entre os dez e os vinte minutos da segunda parte.
Noutros casos, os treinadores procuram guardar as substituições para os momentos finais, para melhor responder ao “pressing” final ou então para mais facilmente defender uma vantagem conseguida.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

As principais vantagens dos jogos de treino contra equipas secundárias

Treino é treino, jogo é jogo. Quem acompanha as notícias de futebol certamente já ouviu este ditado popular. Ele refere-se justamente às diferenças que há no desempenho dos atletas em situações de simulação, ou seja, no treino, e no que diz respeito às situações reais, isto é, o jogo.
Quando o que está em disputa são os três pontos, o atleta desdobra-se em esforços e corre até que o corpo não aguente mais. Por outro lado, quando há apenas o treino diário ou semanal, a sua vontade fica restrita aos seus limites e à exigência dos seus treinadores. Nem sempre se disputam jogos para o campeonato ou para as competições europeias para que existam jogos a “doer”. Então, qual é a melhor forma de simular situações de jogo sem ser naquele treino frio, em que os únicos adversários são seus próprios colegas de equipa? A resposta é o jogo-treino! Conheça as principais vantagens dos jogos de treino contra equipas secundárias. Normalmente, as equipas grandes não aceitem participar em tais partidas contra os seus principais rivais, ao passo que as equipas secundárias tendem a aceitar tal participação.
  1. Jogar contra equipas secundárias expõe as fragilidades da equipa. Num jogo-treino, as situações reais de jogo aparecem e as fragilidades da equipe acabam por vir à tona. Dessa forma, torna-se possível corrigir cada um dos erros da equipa em campo.
  2. O jogo-treino gera mais motivação no atleta do que o treino convencional. Num jogo-treino o atleta enfrentará situações reais que, certamente, o motivarão a extrair o máximo do seu desempenho em campo.
  3. Realizar jogo-treino contra equipas secundárias é uma oportunidade dada aos atletas para que eles tenham disposição para mostrar ao treinador todas as suas capacidades. Mesmo não sendo uma partida oficial e sendo contra uma equipa secundária, o jogo-treino é para o jogador uma oportunidade de mostrar ao chefe que ele está disponível para qualquer situação.
  4. O jogo-treino contribui para que os atletas, principalmente na fase da pré-temporada, adquiram o famoso ritmo de jogo. No treino convencional, realizado diariamente, isso é impossível de acontecer, enquanto as situações reais de uma partida que existem em um jogo-treino permitem tal feito.
  5. Jogar contra equipas secundárias permite que sejam observados nos atletas contrários atletas eventuais potencialidades que possam reforçar o respetivo plantel. Para a equipa secundária, o jogo-treino também tem as mesmas características que um jogo normal e aí pode aparecer algum craque no relvado.
  6. O jogo-treino prepara a equipa na integração de um objetivo em comum: a vitória. Vencer é o grande objetivo de qualquer partida, oficial ou não, e a união dos atletas nesse objetivo em comum é fundamental para que eles se acostumem com a ideia de serem vencedores e a repitam nas partidas oficiais, contra os seus maiores rivais.
  7. Para os clubes grandes, o jogo-treino contra uma equipa secundária é uma grande hipótese de dar moral ao jogador que anda em baixo de forma ou psicologicamente abalado, podendo o seu desempenho nessa partida ser um fator determinante para a sua recuperação física e psicológica.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Os castigos aplicados aos jogadores de futebol

A profissão de jogador profissional de futebol nem sempre é vista como um mar de rosas como a superficialidade da comunicação social deixa antever. Em clubes profissionais nacionais, como o Benfica, Porto ou Sporting e nos estrangeiros Real Madrid, Barcelona, Bayern de Munique, entre outros colossos mundiais, com infraestruturas sólidas, o jogador rebelde ou prevaricador, pode passar um mau bocado. Vejamos algumas das sanções e castigos a que clubes e treinadores se costumam socorrer, em ordem a demonstrar a sua autoridade sobre o atleta.

1. Não convocar o jogador para um determinado jogo

É um dos mais dolorosos castigos para qualquer atleta profissional de futebol. Ainda que tenha treinado e trabalhado juntamente, e com afinco, durante a semana, com os restantes colegas, na hora da convocatória, o treinador decide preteri-lo, por outro jogador.

2. Convocar o jogador e deixá-lo no banco

É uma situação um pouco diferente da descrita acima. Aqui, a decisão do treinador e do clube é a de que o jogador deve ser convocado para o jogo, acompanhar a equipa, sentar-se no banco com os restantes suplentes, mas com a certeza de que não será chamado a entrar no relvado para jogar.

3. Retirar-lhe a titularidade

Retirar a titularidade é o castigo com mais impacto, no caso de aplicável a um guarda-redes ou a um titular indiscutível ou a um jogador com impacto mediático. No caso do guarda-redes, pelo lugar específico e especial que ocupa, o atleta sabe que dificilmente conseguirá resgatar o posto que era seu, salvo se se retratar convincentemente perante o “mister” e responsáveis do clube. No caso do jogador mediático, o treinador, normalmente, quer fazer passar dois tipos de mensagens, com destinatários diferentes: uma, para as estruturas do clube, demonstrando a sua autoridade e, outra, para a comunicação social e casas de apostas, atendendo à força que os “media” adquiriram, e à força mobilizadora do futebol nos escaparates sociais.

4. Não colocar o jogador a treinar com a equipa principal

É um dos castigos a que os clubes recorrem com mais frequência. Dependendo da gravidade da conduta do jogador, é comum os clubes castigarem os jogadores da equipa principal, colocando-os a treinaram com as camadas mais jovens.

5. Pôr o jogador a treinar à margem do plantel

À semelhança do que acontece na situação descrita no ponto anterior, também aqui o jogador é proibido de treinar com o plantel principal. Neste caso porém, no exercício do poder diretivo, o clube impõe ao atleta que treine sozinho, ainda que na mesma sessão de trabalhos dos colegas, mas não interagindo com eles.

6. Obrigar o jogador a pagar uma multa pecuniária

O pagamento de uma multa ou um desconto na folha salarial é uma sanção à qual o clube recorre quase sempre. Seja um castigo alternativo ou cumulativo, com qualquer das outras situações descritas, raras são as vezes em que o clube decide castigar um jogador por uma qualquer conduta, sancionável, e não impõe uma sanção monetária.

7. Emprestar o jogador a um clube de menor dimensão

Este tipo de situações pode acontecer com jogadores com menos mediatismo, problemáticos e incorrigíveis. Para não se desvincularem contratualmente do jogador, o que acarretaria certamente encargos para o clube, na forma de indemnização, os responsáveis optam, normalmente com a conivência ou aval do treinador, pelo empréstimo do atleta a um clube de menor dimensão, ou até de outro escalão ou país. Este castigo implica, amiúde, que o jogador caia no esquecimento, e possa hipotecar, irremediavelmente, uma carreira no futebol ao mais alto nível.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

As principais rotinas diárias que se podem encontrar numa academia de treinos

Não há vitórias sem esforços, por trás de grandes campeões há uma história de muita determinação, muito comprometimento e muito treino para, enfim, chegar ao resultado tão esperado: a vitória. Assim como um pianista precisa de horas e horas de treinos diários para tocar uma música lindamente, o desportista ou mesmo quem apenas curte o ginásio para ter um corpo definido também precisa de dedicação e muita força de vontade.
Para quem não gosta muito de rotinas, a vida de desportista não é muito atraente porque todos os dias os jogadores são obrigados a treinar e a cumprir com exercícios físicos específicos para ficarem em forma. Numa academia de treinos é possível encontrar as seguintes rotinas listadas abaixo:

1. Ter horários próprios para treinar

Não é possível numa academia de treino ter flexibilidade de horário para iniciar os treinos e sua duração, uma vez que é preciso comprometimento com aquilo que se faz. Por isso, o cumprimento dos horários é imprescindível tanto na chegada, quanto ao tempo estabelecido para estar em atividade. Também é de lembrar que o excesso pode trazer desgaste ao físico e a falta ou o exercício mal feito pode comprometer a resistência não conseguindo chegar ao que se almeja.

2. Fazer alongamentos

É Imprescindível fazer todos os alongamentos antes de começar as atividades físicas. Alongar antes de começar as atividades é preparar o corpo deixando o músculo relaxado, mais flexível, evitando assim, qualquer possibilidade de lesão nos músculos durante o treino.

3. Realizar bons aquecimentos

Essa etapa vai começar aquecer seu corpo de uma forma mais leve para um exercício posteriormente mais forte, mais pesado, seria um preparo para a atividade mais intensa e essa etapa também é importante para evitar as lesões vez que aumenta a amplitude do movimento. Geralmente os aquecimentos são feitos na esteira, corrida ou caminhada, em pedaladas na bicicleta, exercícios aeróbicos durando no máximo até 20 minutos.

4. Fazer exercícios físicos por grupos musculares

A academia mantem uma atividade rotineira dos exercícios feitos e essa rotina dependerá de quantas vezes a pessoa vai para a academia durante a semana. Não é recomendável ir todos os dias, pois é necessário um dia de descanso e de relaxamento total do corpo e em seguida começar tudo de novo.
Os exercícios são divididos por músculos para uma maior organização do treino. No primeiro dia de atividade divide entre peito, ombro e tríceps, no segundo divide entre costas, braços, bíceps e abdômen e no terceiro dia de atividade pernas e panturrilha. Todas as atividades são geralmente divididas em cinco séries de 10 a 15 repetições conforme a capacidade física de cada.

5. Fazer séries de abdominais

Depois de terminados todos os exercícios, a maioria dos atletas reserva um momento para os abdominais. Esta rotina diária é feita de acordo com a atividade física que se faz durante a semana (três, quatro, cinco ou mesmo seis vezes ao dia).

6. Terminar os exercícios com alongamentos

Ao terminar as atividades físicas é fundamental que os jogadores realizem sempre alongamentos. Estes, vão ajudar a relaxar os músculos que foram tensionados durante as atividades e alongar os tecidos em torno das articulações, proporcionando uma maior sensação de relaxamento.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

As principais funções de um presidente de um clube de futebol

Existem inúmeras definições sobre o que é a liderança e como um presidente a pode exercer e ser encarado como um líder. No entanto, a liderança pode ser exercida dentro de uma associação/empresa/clube que é constituída por um grupo de pessoas com determinadas responsabilidades, mas também pode ser exercida por alguém, nomeado ou não, com vista à obtenção de determinados objetivos comuns específicos. Neste sentido, sendo um clube de futebol encarado como uma associação, o seu presidente terá de ser o seu líder, pois é a ele que os restantes funcionários do clube (treinadores, jogadores e adeptos ou simpatizantes) se dirigem quando pretendem resolver assuntos relacionados com o clube.
 O presente artigo pretende dar a conhecer as principais funções de um presidente de um clube de futebol, bem como indicar como este se deve relacionar com os treinadores, jogadores e comunicação social.

1. Apoiar o trabalho da equipa técnica

Para exercer esta função da forma mais correta e eficaz, o presidente de um clube de futebol deve procurar acompanhar, estimular, orientar e apoiar o trabalho dos seus treinadores e dos seus jogadores, com idas regulares ao local de trabalho destes, neste caso o campo de treinos de futebol. Este tipo de função permite que o presidente do clube de futebol estabeleça uma relação de maior proximidade com a sua equipa de trabalho.

2. Avaliar o desempenho dos funcionários do clube

Esta função permite ao presidente do clube de futebol analisar o desempenho quer dos seus treinadores, quer dos seus jogadores nas suas respetivas funções. Para tal, deve procurar criar um ambiente de diálogo com a sua equipa, para que se possa proceder à correção e redefinição dos objetivos propostos inicialmente, se necessário.

3. Cumprir com os deveres do clube

Deveres para com o clube, obrigações profissionais, atividades desportivas e culturais. O presidente de um clube deve procurar alcançar um equilíbrio entre o que são os seus deveres e as obrigações profissionais para com o clube, e a prática de atividades desportivas e culturais. Sendo presidente de um clube de futebol, deve também motivar e estimular a prática de outras modalidades desportivas, para que desta forma consiga atrair outro tipo de massa associativa ao clube, isto é, pessoas interessadas em assistir a outras modalidades desportivas.

4. Instituir um gabinete de comunicação eficaz

O presidente de um clube de futebol deve exercer um controlo sobre os seus treinadores, jogadores e comunicação social, no sentido de os alertar para que certos comentários, opiniões e atitudes podem denegrir a imagem de um clube de futebol.

5. Estabelecer um clima de diálogo entre todas as partes

A forma como um presidente de um clube de futebol se relaciona com os seus liderados (treinadores, jogadores e comunicação social) é de extrema importância para as funções que desempenha. Este deve procurar criar um clima de diálogo entre estas diferentes partes, deve exigir delas o que tiver de exigir com vista a obtenção dos objetivos propostos inicialmente para o clube de futebol, da forma mais eficiente e humana possível, para que em conjunto todas as partes envolvidas atinjam os seus objetivos e potencial, alcançando desta forma os resultados pretendidos para o clube de futebol.

terça-feira, 29 de julho de 2014

As principais vantagens e desvantagens em ver um jogo de futebol nos camarotes

Vamos analisar de forma simples e sistemática as vantagens e desvantagens em assistir aos jogos de futebol a partir de um camarote. Depois de analisar, deverá fazer a sua escolha consciente. Comecemos por ver uma pequena e incompleta lista das vantagens. Ela é incompleta porque todos nós conhecemos sempre mais alguma que podemos acrescentar, dependendo do tipo de pessoa que somos, das nossas necessidades e, fundamentalmente, do estádio a que o camarote pertence.

Vantagens em ver um jogo de futebol num camarote

1. A privacidade

Poder ver o jogo tranquilamente e no estádio. Imagine que a esposa adepta está grávida de 9 meses que não quer perder o jogo ou o bebé recém-nascido já vai ao estádio! Na privacidade do camarote poderá sentir todas as emoções do jogo e estar tranquilamente a fazer apostas desportivas no tablet ou no smartphone. Além disso, poderá gritar pela sua equipa as vezes que quiser.

2. O conforto

Os camarotes oferecem conforto para que possa assistir ao jogo de forma agradável. Independentemente de ser no estádio de um clube grande, como o Benfica, Porto ou Sporting, ou pequeno como o Paços de Ferreira ou Arouca, muitos deles têm assentos muito confortáveis e até outros serviços especiais como televisão com canais pagos, serviço de buffet, entre outros fatores.

3. A possibilidade de estar em família

Outra fantástica vantagem do uso dos camarotes é poder ver o jogo com a família e com os amigos. Alguns albergam muitas pessoas e pode ser uma excelente ideia para ter uma reunião ou para celebrar um aniversário de adeptos mais ferrenhos.

4. Os serviços personalizados

Alguns camarotes oferecem serviços de atendimento personalizado de acordo com as necessidades dos clientes. Imagine que tem crianças que ainda não conseguem acompanhar o jogo durante todo o tempo. Alguns camarotes podem disponibilizar serviços com monitores para acompanhar as crianças. Outros oferecem um serviço de buffet para consumir durante o jogo ou possuem acessos especiais a serviços de catering. Poderá ainda contar com instalações sanitárias mais privadas e exclusivas para os clientes dos camarotes.

5. A segurança

Esta é uma vantagem muito especial a ter em conta, especialmente quando os jogos são de elevado risco. É uma clara vantagem do camarote.

Desvantagens em ver um jogo de futebol num camarote 

1. A falta de emoção

Ver um jogo da equipa de eleição num estádio de futebol, rodeado de torcedores que vibram a cada jogada é uma emoção mais sentida nas cadeiras comuns de um estádio do que num camarote. Poder trocar ideias e comentários com adeptos que não conhecemos de lá nenhum mas que defendem o clube da mesma forma que nós, só mesmo na bancada.

2. A visão do estádio

Ao optar por um lugar fora do camarote, poderá sempre ter a opção de escolher a partir de onde quer ver o jogo.

3. Os recursos financeiros

Um bilhete para uma partida de futebol é muito mais económico do que um passe de camarote.

4. O facto de ser um desporto praticado ao ar livre

O futebol é um jogo praticado ao ar livre, logo, assistir ao mesmo no interior de um camarote faz com que se perca a emoção do verdadeiro jogo!

5. A distância

Ver um jogo com outras pessoas, mesmo que desconhecidas, tem um quê de partilha que se perde aquando do uso dos camarotes. Normalmente, estes locais oferecem uma visão mais distante do relvado.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Como integrar um jovem no plantel principal de uma equipa de futebol

Por que motivo é que os jovens que provaram a sua técnica em divisões inferiores, ao subir à equipa profissional não conseguem desenvolver o seu talento? Será fruto do acaso, ou do azar? Com certeza não! Este artigo tratará o que deve ser feito por parte dos jogadores profissionais e das comissões técnica e física para que os jovens oriundos das divisões de base cheguem ao profissional com plenas condições de desenvolverem seu talento.
É duro para o jogador júnior emergir à equipa profissional por vários fatores, desde sua maturidade particular aos fatores fisiológicos. Por conta disso, a transição exige um planejamento bem elaborado. Enfim, vamos aos pontos:
  1. A comparação tática entre o profissional e o júnior deve ser feita de modo a evitar que o atleta ao chegar à equipa profissional tenha algo em comum a ser repetido. Ou seja, ele já tem a vivência tática da equipa e isso é menos uma questão a se preocupar.
  2. A parte física deve ser tratada cientificamente, tendo o clube um banco de dados único com as informações fisiológicas de cada jogador, desde o iniciado até o profissional. A preparação física dos jovens deve ser feita através de uma evolução de todas as aptidões físicas dos atletas. Nos juniores, os jogadores já têm de estar em situação física parecida com o da equipa principal. Com isso, os atletas aproveitados na equipa principal não sentirão diferenças com relação às cargas de trabalho superiores ao costume, isto evita lesões e os equipararia aos profissionais neste aspeto.
  3. No âmbito nutricional também é importante um banco de dados padronizado. O histórico de todos os jogadores já estará registado nele. A alimentação dos atletas deverá ser tratada por uma mesma equipa de nutricionistas, o que equiparará a filosofia nutricional do clube, bem como evitará custos desnecessários.
  4. A medicina do clube também deve ser padronizada. Uma única equipa médica a cuidar do plantel de atletas de todo o clube conhecerá todas as reações clínicas e o cansaço dos atletas desde cedo, tendo condição de agir em cada atleta de maneira específica.
  5. O aspeto psicológico, talvez seja o mais importante para o bom rendimento do jovem no futebol profissional. Esses jovens que pretendem dar orgulho a suas famílias (muitas vezes distantes) precisam ser assistidos de maneira a evitar possíveis problemas com uma fama repentina e a rápida ascensão.
  6. A troca de experiências entre profissionais e juniores deve ser praticada e estimulada, seja por meio de palestras periódicas, em refeições diárias ou em momentos de lazer da equipe.
  7. O período de adaptação deve ser estimulado com treinos em conjunto, coletivos entre os profissionais e os amadores e musculação conjunta. Sempre que um atleta específico estiver na iminência de se profissionalizar, é bom um convívio maior desse atleta com a equipa profissional, convivência que deve ser dada em viagens e treinos. Jamais um atleta deve ser lançado à equipa profissional por pura necessidade.
Como dito anteriormente, não é uma tarefa simples realizar esse momento de transição sem perdas para o atleta e para os clubes. Alguns clubes no país já seguem esse modelo de gestão das divisões de base. O maior exemplo, o Barcelona, vem extraindo resultados fantásticos revelando, a cada ano, novos jogadores de altíssimo nível.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

A importância da conferência de imprensa no final dos jogos de futebol

A conferência de imprensa é o momento fundamental de contacto entre os membros do grupo de trabalho de um clube de futebol e os jornalistas. Normalmente, a conferência de imprensa verifica-se no final dos jogos mas pode ocorrer sempre que o clube entenda que há motivo suficiente para a sua realização.
Neste artigo referimo-nos mais especificamente àquela que se realiza no final de um desafio. Trata-se um momento capital para, entre outros assuntos, abordar os aspetos mais importantes do contexto em que decorreu o jogo e da forma como o mesmo se desenrolou. De entre esses assuntos, podemos destacar os seguintes:
a) Assegurar a transparência na leitura e interpretação dos resultados;
b) Transmitir aos diversos agentes envolvidos as expectativas em relação aos jogos seguintes;
c) Constrangimentos e obstáculos sentidos no decurso do jogo;
d) Interpretação e avaliação do trabalho da arbitragem;
e) Reação do grupo de trabalho face ao comportamento e atitudes do público;
f) Avaliação do trabalho dos jogadores por parte da equipa técnica;
g) Informação a prestar aos representantes da comunicação social sobre ausências, impedimentos ou lesões de jogadores.
Normalmente, o porta-voz do grupo de trabalho é o treinador principal porque é aquele que se encontra mais bem colocado para se referir a todos estes assuntos. A equipa pode até ter sido a favorita na realização de apostas online ou na apreciação global da comunicação social, mas ter perdido o jogo. Dessa forma, cabe ao treinador dissecar todas as condicionantes do respetivo jogo.

Os principais destinatários das conferências de imprensa

A conferência de imprensa, embora se dirija aos jornalistas, tem normalmente 3 destinatários preferenciais:

A comunicação social

Obviamente, há uma componente informativa, de modo a que a mensagem a transmitir ao público vá de encontro àquilo que o clube pretende transmitir, ou seja, que não ocorram interpretações incorretas ou prejudiciais ao interesse do clube.

Os adeptos

Para além da componente informativa, a conferência de imprensa procura envolver os adeptos em termos emocionais, levando-os a aceitar a derrota com a maior naturalidade possível e entusiasmando-os, elevando o dinamismo do seu apoio em caso de vitória.

Os jogadores

Qualquer treinador de um clube profissional procura utilizar a conferência de imprensa como uma forma de motivar os seus jogadores, visando desde logo os jogos que se seguem, ou então tentando recuperar psicologicamente a equipa e cada um deles, quando os resultados não são os melhores.
Para além destes assuntos e destes destinatários bem definidos é muito importante ter em conta que, regra geral, nas conferências de imprensa há sempre mensagens ocultas, ou seja, mensagens que não se enunciam diretamente mas que se pretende fazer passar de forma subliminar ou mais ou menos velada. É o que acontece quando o treinador dá a entender as necessidades da equipa em termos de reforços, quando procura justificar os insucessos com alterações verificadas no plantel ou então quando, como é infelizmente usual, se refugiam em hipotéticos erros de arbitragem.
Em jeito de conclusão, podemos afirmar que na interpretação a fazer de uma conferência de imprensa há sempre necessidade de, para além de analisar os dados concretos e informações prestadas, procurar “descodificar” todas essas mensagens veladas, ditas de forma muitas vezes indireta. Mesmo assim, os treinadores que conseguem melhores desempenhos nestas conferências e, portanto, que conseguem transmitir da melhor forma as suas mensagens, são aqueles que mais facilmente usam a comunicação oral, desenvolvendo a capacidade de expressão de forma direta e objetiva, como é o caso do técnico português José Mourinho.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Como atribuir a titularidade a um guarda-redes de futebol

O guarda-redes é o elemento da equipa com um perfil mais específico. As suas funções diferem das de todos os outros. Dentro de campo, ele tem uma tarefa deveras ingrata: ele é o único cujas falhas não podem ser colmatadas pelos colegas, a não ser em situações muito raras e específicas. Por esse motivo, para o guarda-redes, uma falha num momento crucial pode colocar em causa toda uma época.
Se é verdade que esta situação o coloca numa situação de fragilidade, não é menos verdade que isto lhe confere uma importância crucial. Por isso, a decisão do técnico ao colocar em campo este ou aquele guarda-redes é uma decisão crucial e de suma importância.
Mas, afinal, que critérios são seguidos para definir essa escolha?
Podemos apontar seis critérios especificamente técnicos, além de um sétimo critério, que tem mais a ver com o momento psicológico do guarda-redes numa determinada ocasião.
Assim, os critérios fundamentais que definem o grau de competência de um guarda-redes e que devem determinar a sua titularidade são os seguintes:

1. Rapidez de reflexos

Este é o aspeto que define, logo no início da carreira, de forma mais decisiva, o grau de competência de um guarda-redes; trata-se da rapidez inata com que o guardião reage ao percurso da bola depois de ter sido batida por um adversário na direção da baliza. O tempo de reação deve ser o mais baixo possível, como é óbvio.

2. Agilidade

De pouco valerão os reflexos se o guardião não se movimentar com agilidade na direção da bola. Esta aptidão depende muito do treino físico e da forma como ele é orientado.

3. Capacidade de liderança do setor defensivo

O guarda-redes é o elemento da equipa que se encontra mais bem posicionado para ver e analisar o comportamento dos defesas e o seu posicionamento do terreno. Por esse motivo, ele deve ser a voz de comando no posicionamento da defesa.

4. Jogo com os pés

Este é um aspeto cada vez mais importante no futebol atual; a tendência crescente para um esforço de ocupação eficaz dos espaços faz com que os jogadores tenham uma crescente necessidade de jogar com o guarda-redes. Ele deve, portanto, ser capaz de atuar como se de um “libero” se tratasse, desenvolvendo a capacidade de domínio de bola com os pés.

5. Eficácia na saída aos cruzamentos

Muitos excelentes guarda-redes revelam esta lacuna, a dificuldade de medir corretamente o tempo de saída à bola perante os cruzamentos e também o espaço a ocupar aquando dessas saídas. É muito comum que os golos surjam devido a saídas extemporâneas dos guarda-redes perante os cruzamentos, pelo que este deve ser um dos aspetos centrais do seu treino.

6. Visão de jogo na reposição da bola

Em muitas situações de jogo, o guarda-redes é o primeiro elemento a lançar o ataque; ele é também o único elemento da equipa que vê o campo todo, pelo que a capacidade de reposição rápida e eficaz da bola deve também ser um critério a ter em conta ao atribuir a titularidade a um guardião.

7. O momento psicológico do atleta

No entanto, como dissemos, a escolha do guarda-redes titular depende muito do momento psicológico do atleta; a importância da sua posição faz com que a pressão psicológica seja enorme, pelo que este aspeto acaba muitas vezes por ser determinante na escolha.
Assim, a confiança e motivação reveladas pelo atleta podem tornar-se mais importantes do que a sua competência técnica. Da mesma forma, é fundamental que o atleta mantenha uma permanente humildade e capacidade de aprendizagem de forma a nunca diminuir os índices de intensidade do treino e para que a motivação para a progressão seja permanente.