quarta-feira, 30 de abril de 2014

Como integrar um jovem no plantel principal de uma equipa de futebol

Por que motivo é que os jovens que provaram a sua técnica em divisões inferiores, ao subir à equipa profissional não conseguem desenvolver o seu talento? Será fruto do acaso, ou do azar? Com certeza não! Este artigo tratará o que deve ser feito por parte dos jogadores profissionais e das comissões técnica e física para que os jovens oriundos das divisões de base cheguem ao profissional com plenas condições de desenvolverem seu talento.
É duro para o jogador júnior emergir à equipa profissional por vários fatores, desde sua maturidade particular aos fatores fisiológicos. Por conta disso, a transição exige um planejamento bem elaborado. Enfim, vamos aos pontos:
  1. A comparação tática entre o profissional e o júnior deve ser feita de modo a evitar que o atleta ao chegar à equipa profissional tenha algo em comum a ser repetido. Ou seja, ele já tem a vivência tática da equipa e isso é menos uma questão a se preocupar.
  2. A parte física deve ser tratada cientificamente, tendo o clube um banco de dados único com as informações fisiológicas de cada jogador, desde o iniciado até o profissional. A preparação física dos jovens deve ser feita através de uma evolução de todas as aptidões físicas dos atletas. Nos juniores, os jogadores já têm de estar em situação física parecida com o da equipa principal. Com isso, os atletas aproveitados na equipa principal não sentirão diferenças com relação às cargas de trabalho superiores ao costume, isto evita lesões e os equipararia aos profissionais neste aspeto.
  3. No âmbito nutricional também é importante um banco de dados padronizado. O histórico de todos os jogadores já estará registado nele. A alimentação dos atletas deverá ser tratada por uma mesma equipa de nutricionistas, o que equiparará a filosofia nutricional do clube, bem como evitará custos desnecessários.
  4. A medicina do clube também deve ser padronizada. Uma única equipa médica a cuidar do plantel de atletas de todo o clube conhecerá todas as reações clínicas e o cansaço dos atletas desde cedo, tendo condição de agir em cada atleta de maneira específica.
  5. O aspeto psicológico, talvez seja o mais importante para o bom rendimento do jovem no futebol profissional. Esses jovens que pretendem dar orgulho a suas famílias (muitas vezes distantes) precisam ser assistidos de maneira a evitar possíveis problemas com uma fama repentina e a rápida ascensão.
  6. A troca de experiências entre profissionais e juniores deve ser praticada e estimulada, seja por meio de palestras periódicas, em refeições diárias ou em momentos de lazer da equipe.
  7. O período de adaptação deve ser estimulado com treinos em conjunto, coletivos entre os profissionais e os amadores e musculação conjunta. Sempre que um atleta específico estiver na iminência de se profissionalizar, é bom um convívio maior desse atleta com a equipa profissional, convivência que deve ser dada em viagens e treinos. Jamais um atleta deve ser lançado à equipa profissional por pura necessidade.
Como dito anteriormente, não é uma tarefa simples realizar esse momento de transição sem perdas para o atleta e para os clubes. Alguns clubes no país já seguem esse modelo de gestão das divisões de base. O maior exemplo, o Barcelona, vem extraindo resultados fantásticos revelando, a cada ano, novos jogadores de altíssimo nível.

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