A profissão de jogador profissional de futebol nem sempre é vista como um mar de rosas como a superficialidade da comunicação social deixa antever. Em clubes profissionais nacionais, como o
Benfica,
Porto ou
Sporting e nos estrangeiros
Real Madrid,
Barcelona,
Bayern de Munique, entre outros colossos mundiais, com infraestruturas sólidas, o jogador rebelde ou prevaricador, pode passar um mau bocado. Vejamos algumas das sanções e castigos a que clubes e treinadores se costumam socorrer, em ordem a demonstrar a sua autoridade sobre o atleta.
1. Não convocar o jogador para um determinado jogo
É um dos mais dolorosos castigos para qualquer atleta profissional de futebol. Ainda que tenha treinado e trabalhado juntamente, e com afinco, durante a semana, com os restantes colegas, na hora da convocatória, o treinador decide preteri-lo, por outro jogador.
2. Convocar o jogador e deixá-lo no banco
É uma situação um pouco diferente da descrita acima. Aqui, a decisão do treinador e do clube é a de que o jogador deve ser convocado para o jogo, acompanhar a equipa, sentar-se no banco com os restantes suplentes, mas com a certeza de que não será chamado a entrar no relvado para jogar.
3. Retirar-lhe a titularidade
Retirar a titularidade é o castigo com mais impacto, no caso de aplicável a um guarda-redes ou a um titular indiscutível ou a um jogador com impacto mediático. No caso do guarda-redes, pelo lugar específico e especial que ocupa, o atleta sabe que dificilmente conseguirá resgatar o posto que era seu, salvo se se retratar convincentemente perante o “mister” e responsáveis do clube. No caso do jogador mediático, o treinador, normalmente, quer fazer passar dois tipos de mensagens, com destinatários diferentes: uma, para as estruturas do clube, demonstrando a sua autoridade e, outra, para a comunicação social e
casas de apostas, atendendo à força que os “media” adquiriram, e à força mobilizadora do futebol nos escaparates sociais.
4. Não colocar o jogador a treinar com a equipa principal
É um dos castigos a que os clubes recorrem com mais frequência. Dependendo da gravidade da conduta do jogador, é comum os clubes castigarem os jogadores da equipa principal, colocando-os a treinaram com as camadas mais jovens.
5. Pôr o jogador a treinar à margem do plantel
À semelhança do que acontece na situação descrita no ponto anterior, também aqui o jogador é proibido de treinar com o plantel principal. Neste caso porém, no exercício do
poder diretivo, o clube impõe ao atleta que treine sozinho, ainda que na mesma sessão de trabalhos dos colegas, mas não interagindo com eles.
6. Obrigar o jogador a pagar uma multa pecuniária
O pagamento de uma multa ou um desconto na folha salarial é uma sanção à qual o clube recorre quase sempre. Seja um castigo alternativo ou cumulativo, com qualquer das outras situações descritas, raras são as vezes em que o clube decide castigar um jogador por uma qualquer conduta, sancionável, e não impõe uma sanção monetária.
7. Emprestar o jogador a um clube de menor dimensão
Este tipo de situações pode acontecer com jogadores com menos mediatismo, problemáticos e incorrigíveis. Para não se desvincularem contratualmente do jogador, o que acarretaria certamente encargos para o clube, na forma de indemnização, os responsáveis optam, normalmente com a conivência ou aval do treinador, pelo empréstimo do atleta a um clube de menor dimensão, ou até de outro escalão ou país. Este castigo implica, amiúde, que o jogador caia no esquecimento, e possa hipotecar, irremediavelmente, uma carreira no futebol ao mais alto nível.